terça-feira, 22 de junho de 2010

TRIETO


OS FANTOCHES DIVINOS

José Geraldo
Martinez

Por toda a vida eu vou te amar
Até que em mim a morte embale...
E noutra, alem, vou te esperar
Para a posteriori continuidade
Por enquanto eu te espero
Enquanto ainda sorrio na tua chegada!
Nesta vida que tolo, venero
Sabendo que esta não vale nada.
É que ainda posso tocar os teus cabelos/...
Desabafar em teu peito, os meus medos!
Sou pura angústia, entende?
Amanhã quem de nós, partira primeiro?
Ainda posso segurar as tuas mãos
E juntas ao peito, amedrontado
Dormir com a tua canção
E em teus braços, embalado!
Posso ainda despertar com a tua presença
Abrindo a cortina para o sol que nos assiste!
E lá não saberei o tempo da minha
De tua ausência, se o próprio tempo inexiste...
Ainda tenho o teu cheiro!
O calor da tua pele...
Sonhos infindos, devaneios
Que a morte ainda repele.!
Enquanto posso, abraço-te
Tão fortemente apaixonado!
Como se fora a primeira vez em nossa adolescência
Na inocência do amor guardado.
Não fôssemos fantoches da espiritualidade
E, não tivéssemos neste corpo, emprestado,
Por sorte, tão pouco marionetes no colo de Deus
Dono da vida e da morte!
Medo algum eu teria
E quando tivesse que morrer, saberia
Com tempo e calma
E feliz,eu partiria.
Deixando contigo a minha alma
Vivendo tudo, neste dia.

MANIPULAS-TE

Rita Lavoyer

Meu grande amor!
Quanto te esperei
Na concretude das tuas letras
Lia=te, com saudade, nas ocultas frases.
Que um dia , serias só meu
Na incerta realidade.
Nos tipos de toda notícia
Eu te esperava também.
Só pra ouvir o que falavas
Da vida de outro alguém.
Fui refazendo recortes de imagem
Para recompor uma historia de colagem.
Não partiste de mim porque quis
Amar-te é puro destino, entendes?
No ontem, começamos nossa história.;
Foi por isso que vim.:
Pata amar-te novamente
Ofertei-te minhas mãos
Ainda que pequenas
Para arrancar-te do peito, o medo
Agarraste ao destino que elas trazem.
Compondo versos para a outra, em segredo.
Despertaste o teu desregramento
Quando para ti não fui o bastante
Esquecer teu código nítido, tendo
Entendendo nosso futuro, bem antes.
A morte já nos uniu
Em outras vidas que virão
Nesta passagem o nosso broche
Ainda não se faz
Erraste nos teus versos, a personagem.
Efeito disso, és fantoche
Causa dos amores que poetaste.
Ainda que escrever, queiras
Com a pena da minha essência
Serás manipulado por poemas
Incompletos do teu verdadeiro tema
Da tua infinita poesia, entendas
Eu sou o ponto final
Por não dares a ela, as minhas emoções
Viveremos para sempre
Novas reencarnações

TUA SAPIÊNCIA

Hamilton Brito

Quero que entendas , querida
Algo que ,com sofrimento, aprendi:
Com o amor, não há o sonhar
Há que vivê-lo, de verdade
Ou , na saudade, lamentar.
Dizem que esta vida, nada vale
Que tudo,por aqui, é ilusão
Mas se são verdades ou não
Não vou procurar descobrir
Tu  me bloqueias o caminho?
... por outro, eu vou seguir
saibas, vida só há uma
Ao contrário do  tonto lá em cima
De angústia , não vou viver.
Querida, não sou nada, nem fantoche
Ainda mais, fantoche divino
Sou quando muito, um cretino
Que ao teu lado quer viver
Mas tu , que és suma sapiência
Queres usar da tua ciência
Para, com teu papo, me enrolar
Me acusa de ser manipulador
Veja que coisa, sim senhor!
Dizes, mas que cara de pau!
Que amar-me é o teu destino
De nós , quem mais cretino?
Eu te ofereço a minha vida
Tu, atrás de palavras, escondidas
 acusa-me por tuas horas, perdidas
E eu, que confundo personagens ?
Se ainda te escrevo este poema
É porque me conservo otimista
Pois querida, em minha vida
 foste só ...antagonista

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