quarta-feira, 28 de abril de 2010

TENTATIVA


De você, meu, ninguém se lembra.

Nem tem um dia só seu.

Por mais que você faça

Há quem diga : é uma desgraça.

Verdade, você foi até bárbaro

Mas pontificou em outros papéis.

Papas, mecenas...até menestréis.

Desde o tempo que se perdeu no tempo.

Quanta luta para prover os seus...

Lutando contra governos, Palmeirenses,

Corinthianos , essa corja de fariseus.

Você, no deserto da vida, é oasis.

Onde se abriga o necessitado.

Sempre, porto seguro; nunca miragem.

Sempre dá o que esperam de ti.

Mas, se gentil, olha o biscateiro!

Trabalhando até altas horas?

Ah! estava era mesmo no puteiro...

Se generoso, olha o perdulário.

Só você é que sabe o calvário.

Aguentar sogra, sogro, cunhado.

E ainda aquele amigo espertinho

que, de repente, chega de mansinho.

Sabe aquele sorriso, o que diz ?

Fica frio, o carinha é um otário.

No peito, tem a pureza do santo.

No jeito, delicadeza de um querubim.

Se imola no altar da lealdade

expulsa de você, toda a maldade

sendo exemplo de paz e amor.

Disseram que o mundo é um moinho

Mas você não tem sonho mesquinho

Está sempre a fazer o bem

mesmo que seja para um ninguém.

Perdão, eu fiz o que foi possível.

Tentei um belo poema, fazer.

Ah! Deus, se eu fosse uma Rita Lavoyer...

Mas se essa joça não te agradou

Delete...afinal, ninguém vai saber


Hamilton Brito - membrodo grupo experimental da academia araçatubense de letras.








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