quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

quando os opostos se atraem






Como é grande a emoção em descobrir e afirmar, que o mundo é grande e não para de girar. Dá muitas voltas e nessas infinitas voltas, um palmeirense e uma corintiana, acharam de apaixonarem-se, sendo um mais fanático que outro. Defensores intransigentes de suas respectivas camisas.
Com tanta gente à disposição de um amor, de uma paixão, ou até mesmo de uma noite apenas.
Mas, não!!!
Tinha que ser assim, dois adversários assíduos. Ainda que fazendo graça, não abriam mão, nem dos seus times do coração, menos ainda da química que estava acontecendo entre eles.
Resolveram entrar em acordo, em uma relação que, não importa o que aconteça, estão vivendo o hoje.
E o encontro deles acontece com muita alegria.
Conversam, divertem-se...estão felizes mesmo sabendo que estão em lados opostos.
Uma convivência que os deixa em delírio, pois para ambos, que se tocaram, tentando resistir á atração, identificaram-se em muitos aspectos, até mesmo na paixão por “ timões”.
Não concordam em virar a casaca mas estão com a certeza de que tudo está dando certo para eles, pois na união, a adversidade faz com que sorriam como a inocência de uma criança.
Depois de algum tempo juntos, têm a convicção que as suas vidas se resumem em um duplo prazer.Devoram-se mas fazem juntos, os gols.
O verdão , neste campo está todo metido porque é mesmo campeão. Tornou-se o dono deste coração.
A corintiana, privilegiada, o recebe sempre com o troféu da felicidade nas mãos, por que ama e é correspondida.
No mundo há diferenças de raças, classes sociais e outras tantas. Competições de todos as formas.
No amor, não é diferente.
É idade, estatura, loiras ou morenas, brasileiras e estrangeiras.
A vida é assim, ou você se rende, vive e conhece a felicidade ou fica sozinho na escuridão, com a companhia infernal da solidão.
O dia a dia do ser humano seria mais light se todos estivessem abertos e aceitassem as suas próprias mudanças, tais como, opiniões, maneiras de ser, sentir e principalmente o querer.
Às vezes queremos “o agora “ ; daqui a pouco, não mais.
E a covardia de assumir nos faz sofrer e enfiar os pés pelas mãos.
Perde-se tempo. Precioso tempo que nunca mais voltará.

Ana Almeida, membro do grupo experimental da Academia Araçatubense de Letras.

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